O herpes-zóster é uma infecção viral provocada pelo mesmo vírus da catapora (varicela-zóster), que pode permanecer latente ou inativo na coluna espinhal e ser reativado depois dos 50 anos de idade, se houver queda expressiva da imunidade, durante tratamentos de quimioterapia, doenças debilitantes ou nos períodos de estresse intenso. Na maioria dos casos, a doença se manifesta uma única vez e desaparece depois de algumas semanas.
Sintomas
Os principais sintomas são: dores nevrálgicas, coceira, formigamento, dor de cabeça, febre e o surgimento de vesículas na pele semelhantes às da infecção pelo herpes humano simples. Em geral, os sintomas aparecem de um lado só do corpo e abrangem uma faixa bem demarcada nas costas ou no rosto seguindo o feixe de enervação. Quando acometem o rosto, atingem o nervo trigêmeo e, nos casos mais graves, podem provocar cegueira e surdez.
A dor pode persistir mesmo depois que as lesões cutâneas desapareceram, caracterizando a neurite pós-herpética.
Diagnóstico diferencial
As lesões vesiculares unilaterais num padrão de dermátomo sugerem o diagnóstico de herpes zoster, embora se tenha relatado a ocorrência de herpes zoster na ausencia de erupção. Tanto nas infecções pelo herpesvírus-simples quanto as infecções por vírus Coxsackie podem causar lesões vesiculares em dermátomos. A virulogia diagnóstica e a coloração fluorescente de raspados da pele com anticorpos monoclonais irão ajudar a estabelecer o diagnóstico correto.
No estágio prodrómico do herpes zoster, o diagnóstico pode ser extremamente difícil e pode ser apenas estabelecido após o aparecimento das lesões ou por avaliação sorológica respectiva
Diagnóstico Laboratorial
As provas serológicas mais frequentemente utilizadas para avaliar a resposta do hospedeiro incluem a detecção de anticorpos contra o antígeno de membrana (FAMA), a imuno-hemaglutinação por aderência e o ensaio imunossorvente ligado a enzima (ELISA). O teste FAMA e o ensaio ELISA são os mais sensíveis.
A confirmação inequívoca do diagnóstico só é possível pelo isolamento do VZV em linhagens celulares de cultura de tecidos susceptíveis ou pela demonstração de soroconversão ou elevação de quatro vezes ou mais nos títulos de anticorpos entre as amostras de soro na fase convalescente e na fase aguda. Pode-se obter uma rápida impressão pelo esfregaço de Tzanck, com raspagem da base das lesões na tentativa de detectar células gigantes multinucleadas, embora a sensibilidade deste método seja baixa. A tecnologia da reação da cadeia de polimerase (PCR) para a detecção do DNA viral no líquido vesicular e é uma excelente opção para o diagnóstico.
Tratamento
Analgésicos e medicamentos antivirais mostraram-se eficazes no combate à dor e no controle da doença. Quanto mais precocemente for iniciado o tratamento, melhor será o prognóstico.
Recomendações
* Evite aproximar-se de crianças ou adultos que não tenham tido catapora, pois o risco de contrair essa doença aumenta quando entram em contato com o vírus do herpes-zóster;
* Consulte imediatamente um médico se notar alguns dos sintomas que possam caracterizar herpes-zóster. Quanto mais cedo começar o tratamento, melhores serão os resultados;
* Se tem mais de 50 anos, está debilitado por algum motivo ou com uma carga muito grande de estresse, não se automedique se reconhecer os sintomas da doença. Procure atendimento médico imediato.