Ultra-sonografia Pélvica por via Transvaginal é um procedimento que se beneficia da menor distância entre o transdutor e a pelve, o que facilita a perfeita visualização, identificação e caracterização das alterações e/ou lesões que possam ocorrer nessa região, auxiliando, complementando e interagindo com outras especialidades médicas. Associados ao Doppler Colorido, os exames ultra-sonográficos permitem obter informações sobre essa região e seu respectivo fluxo sanguíneo, e investigar de forma detalhada e não invasiva a hemodinâmica da área examinada, que pode ser avaliada quantitativa e qualitativamente, não só do ponto de vista morfológico, mas também funcional. Nessa cartografia dinâmica, o sentido do fluxo é codificado pelas cores azul e vermelha. Esta imagem em cores é sobreposta à imagem em escala de cinzas no plano bidimensional da ultra-sonografia em tempo real, permitindo identificar o fluxo e o sentido do sangue. É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos colaterais.
Em tese, o exame por via transvaginal dispensa a repleção da bexiga, mas, no geral, para que se obtenha um diagnóstico mais preciso, incluindo a pesquisa de lesões na bexiga, este procedimento é precedido de uma investigação por via abdominal (suprapúbica). Por esta razão, a repleção da bexiga é essencial, pois desloca as alças intestinais e atua como uma janela para a transmissão das ondas ultra-sônicas, facilitando a visualização e avaliação dos órgãos e estruturas da região pélvica. Tão logo essa investigação tenha sido concluída, a bexiga é esvaziada para que se proceda ao exame por via transvaginal.