Trata-se de um vírus RNA defectivo, sem envelope próprio, cuja principal característica é utilizar o envelope do vírus da hepatite viral crônica B, tornando viável a sua sobrevivência e replicação. O vírus se dissemina por via parenteral e sexual, podendo ser transmitido ao mesmo tempo em que se transmite o vírus da hepatite viral crônica B, ou ainda, comumente, superinfectar portadores do VHB. A principal conseqüência clinica da infecção aguda pelo VHD em portadores do VHB e a tendência a forma fulminante da doença, visto que o individuo já pode ter algum comprometimento da reserva funcional hepática e, quando superinfectado, descondensará a sua doença. O paciente cronicamente infectado pelo VHD tenderá a evoluir mais gravemente, com desenvolvimento mais acelerado de cirrose hepática. Recomenda-se que os pacientes portadores de HBsAg em áreas endêmicas (Amazônia), assim como aqueles que tenham historia de viagens ou residência prévia na Amazônia, sejam rastreados para o anti-HDV IgG ou total. Caso seja reagente, a confirmação pode ser feita por HDV-RNA (PCR)