– O antígeno prostático específico (PSA) é uma enzima com atividade proteolítica, produzida normalmente pelas células epiteliais de revestimento dos ácinos e ductos de algumas glândulas, especialmente a próstata. Como as células neoplásicas também o produzem, o PSA tem sido utilizado como marcador de câncer de próstata, uma vez que se mostra útil como parâmetro auxiliar no diagnóstico, junto com o toque retal, o ultra-som e, eventualmente, a biópsia, e no acompanhamento de homens com câncer de próstata já diagnosticado e tratado, para a detecção precoce de recorrência da doença.
– Na circulação sangüínea, o PSA pode ser encontrado na forma livre e na forma complexada com algumas outras proteínas, sobretudo a alfa-2-macroglobulina e a alfa-1-antiquimiotripsina. O PSA ligado à alfa-2- macroglobulina não é dosado pelos métodos habituais dos laboratórios clínicos.
– Rotineiramente, podem ser dosados o PSA total e o livre. O PSA livre só tem indicação quando o PSA total estiver entre os valores de 2,5 e 12 ng/mL.
– A dosagem de PSA total pode ser utilizada na detecção precoce do câncer de próstata, sempre associada ao toque retal. O antígeno também se relaciona com o tamanho do tumor e com a extensão da doença – neoplasias restritas à próstata raramente têm níveis de PSA superiores a 50 ng/mL. A maior utilidade do teste reside na avaliação da eficácia terapêutica e na detecção precoce de recidivas.
– Já níveis de PSA entre 4 e 10 ng/mL são de difícil avaliação, pois podem corresponder a uma hipertrofia benigna da próstata. Em tais casos, recomenda-se a determinação do PSA total e livre ou do PSA complexado