A gonorreia é uma doença sexualmente transmitida (DST) definida como um processo infeccioso causado pela Neisseria gonorrhoeae e sua transmissão se dá por contato sexual. A transmissão vertical causa a oftalmia gonocócica do recém-nascido.
O risco de contágio para o sexo masculino, após contato sexual com a parceira infectada, é de 20% e, no caso de reexposição, este índice poderá elevar-se a 90%. Nos homens, e em cerca de 20% das mulheres, os sintomas surgem cerca de 2 a 8 dias após o contágio. Para o sexo feminino, o risco de infecção é em torno de 80%. Quando as mulheres são reexpostas, esse número aumenta para mais de 90%. Dentre as mulheres infectadas, cerca de 60% a 80% não apresentam sintomas.
O fato de muitas mulheres não apresentarem sintoma ressalta a importância do controle da população infectada para a interrupção da cadeia de transmissão. A gonorreia, no homem, quando não tratada, evolui para complicações do tipo epididimite, prostatite e outras, culminando com o quadro de esterilidade. Já na mulher, as complicações são mais severas, evoluindo para a doença inflamatória pélvica (DIP) e esterilidade, chegando a óbito em alguns casos.
O teste de detecção de gonococos pela metodologia de PCR possui alta sensibilidade e especificidade e é altamente recomendado para os casos citados anteriormente