Orientações:
As infecções pela Chlamydia trachomatis são atualmente reconhecidas como uma das principais causas de doenças sexualmente transmissiveis (DST) em todo o mundo, com a ocorrência de aproximadamente 89,1 milhões de casos anualmente.
Sabe-se que a C. trachomatis é causadora de cervicite, doença inflamatória pélvica (DIP), conjuntivite infantil, pneumonia infantil, uretrite, epididimite e proctite. A C. trachomatis é também a causa mais frequente de uretrite não-gonocócica (UNG) em homens (aproximadamente 24 a 55% dos casos). Entre as mulheres, as consequências das infecções clamidiais são graves quando não tratadas, sendo essa infecção urogenital a causa mais frequente de infertilidade de origem tubária. Visto que, aproximandamente metade dessas infecções é assintomática, muitos casos não são detectados e tratados, conduzindo a problemas adicionais, particularmente com mulheres grávidas. Os bebés nascidos de mães infectadas têm um alto risco de desenvolver conjuntivite de inclusão e pneumonia.
A recorrência das infecções é comum, especialmente nos individuos que se infectam antes dos 20 anos, e a imunidade desenvolvida é parcialmente protetora, considerando-se 15 ou mais sorotipos da C. trachomatis. Episódios sucessivos de infecção aumentam o risco de desenvolver sequelas e a chance de se contrair a infecção pelo HIV