O câncer de ovário é silencioso, demora a apresentar sintomas e pode crescer bastante antes de ser detectado. Ele é o mais letal dos cânceres ginecológicos. O motivo é que em 75% dos casos ele só é descoberto em estágio avançado, o que reduz bastante a chance de sucesso do tratamento. O maior fator de risco que se conhece é o histórico familiar: 10% dos casos têm um componente genético. Dos outros 90% não se conhece totalmente as causas.
É importante ressaltar que o aparecimento de cistos no ovário não costuma ter relação com câncer de ovário. Esses cistos são pequeninas bolsas contendo líquido que nem sempre causam sintomas e na maioria das vezes desaparecem sozinhos. Muitas vezes fazem parte da ovulação. Porém, quando são grandes ou tem características suspeitas exigem biópsia ou cirurgia para esclarecer a dúvida.
Os ovários são dois órgãos que se ligam pelas trompas de Falópio ao útero, um de cada lado. O câncer de ovário mais comum é o que começa nas suas células epiteliais, ou seja, as células que o revestem. Ele é difícil de diagnosticar por causa de sua localização: os ovários são pequenos (têm cerca de 3 cm) e estão numa região do abdome onde o tumor tem espaço para crescer sem interferir em outros órgãos. Há casos em que o tumor cresce até atingir um grande tamanho antes produzir sintomas e ser detectado.
O câncer de ovário é mais comum em mulheres acima dos 55 anos e o fator de risco mais importante é o histórico familiar.
Como a doença não provoca sintomas em seus estágios iniciais, normalmente quando ela é descoberta já se encontra em estágio avançado.
Os sintomas são comuns a várias doenças e podem ser confundidos com outros problemas.
Entre eles estão:
– dor abdominal ou na região pélvica;
– aumento de volume abdominal;
– azia;
– aumento da frequência urinária;
– dor lombar (dor nas costas);
– prisão de ventre;
– nausea;
– sangramento.
A visita anual ao ginecologista aumenta a chance de detectar o problema. Durante o exame físico, de toque e palpação do abdome, o especialista pode detectar alguma anormalidade, mas para que isso ocorra, o tumor já deve ter crescido bastante. Exames de ultrassom transabdominal e transvaginal podem ajudar a diagnosticar a doença mesmo em estágios iniciais.
Ainda não existe nenhum método totalmente eficaz no diagnóstico do câncer de ovário.
A história, exame físico, ultra-som e marcador tumoral CA-125 é o que normalmente utiliza-se para tentar um diagnóstico precoce.
Pesquisadores do mundo inteiro estão em busca de marcadores sanguíneos, que possam indicar a presença do tumor antes mesmo dele causar sintomas.
Ainda valem as recomendações da boa saúde: Alimentação rica em fibras, frutas, legumes e verduras, pobre em carnes vermelhas e gorduras, prática de exercícios físicos, parar de fumar e não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas.