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Câncer de intestino

Câncer colorretal é o que tem início no cólon ou reto, órgãos do sistema digestivo, onde os alimentos são processados para gerar energia e os resíduos são eliminados.

Depois de mastigada e engolida, a comida segue para o estômago, onde é parcialmente digerida. Dali ela segue para o intestino delgado, que tem esse nome por causa de seu diâmetro. O processamento da comida prossegue no intestino delgado, onde se dá a absorção da maior parte dos nutrientes. O câncer de intestino delgado é raro.

O intestino delgado se une ao intestino grosso, com cerca de 1,5 m de comprimento e até 7 cm de diâmetro. A primeira parte do intestino grosso é chamada de cólon, é onde se dá a absorção da água e nutrientes da comida e onde se acumulam os alimentos que não são digeridos e resíduos. Esses rejeitos (as fezes) passam do cólon para o reto (os últimos 20 cm do intestino grosso) e dali para fora do corpo através do ânus.

O cólon se divide em quatro regiões e o câncer pode começar em qualquer uma delas ou no reto, produzindo diferentes sintomas. A parede desses órgãos é composta por várias camadas de tecidos e o câncer geralmente começa na mais interna, avançando para algumas das outras ou para todas. Sabemos que a maioria dos cânceres colorretais começa como um pólipo, um crescimento anormal de células que parece uma bolinha. Pólipos chamados de adenomas podem se tornar cancerosos, por isso a remoção preventiva dos pólipos pode evitar a doença. Mais de 95% dos cânceres colorretais são adenocarcinomas, tumores das células que revestem internamente o cólon e o reto. Os demais são bem mais raros.

Nos Estados Unidos, as estimativas são de cerca de 147mil novos casos de câncer colorretal por ano, com cerca de 55 mil mortes. No Brasil, as estimativas são de pouco mais de 11 mil casos entre homens e perto de 14 mil entre mulheres. A taxa de mortalidade do câncer colorretal vem caindo nos últimos anos, graças à detecção precoce e aperfeiçoamento do tratamento.

Sintomas e Sinais

A maioria das pessoas com câncer de cólon não apresenta sintomas, que só aparecem em estágios mais avançados da doença. Os sintomas de câncer colorretal incluem:

mudança de hábito intestinal, como diarréia, prisão de ventre, redução no tamanho das fezes por mais de alguns dias sensação de que o intestino não se esvaziou depois de ir ao banheiro sangramento pelo ânus ou presença de sangue nas fezes (que, no entanto, parecem normais) cólicas ou dores de estômago constantes cansaço e fraqueza

Exames

Se houver suspeita de câncer colorretal, o médico pedirá alguns exames para verificar se existe um tumor e se ele se espalhou. Alguns desses exames são os mesmos usados para prevenção:

Retossigmoidoscopia flexível: O sigmodoscópio é um tubo, da grossura de um dedo, com iluminação, que é introduzido pelo ânus até a parte esquerda do cólon, permitindo sua observação e a detecção de pólipos. O exame pode ser desconfortável, mas não causa dor.

Enema opaco com duplo contraste: um contraste (bário) é usado para preencher o cólon. Depois de retirado, ar é bombeado para provocar a dilatação do cólon, permitindo que se faça uma imagem de raios-X de eventuais lesões. O exame é desconfortável e o paciente precisa tomar laxantes na véspera.

Colonoscopia: O colonoscópio é uma versão mais longa do sigmoidoscópio. Ele não apenas permite que o médico visualize todo cólon, como também possibilita a retirada de eventuais pólipos, para exame microscópico. Se o especialista perceber qualquer outra anormalidade, o equipamento permite a retirada de amostra de tecido durante o exame. A maioria dos hospitais faz uma sedação do paciente para o procedimento.

Exames de sangue: eles são usados para verificar, entre outros, a contagem de glóbulos vermelhos, já que pacientes de câncer colorretal podem desenvolver anemia por causa do sangramento provocado pelo tumor. Exames de sangue também são empregados para checar a função hepática, já que o câncer colorretal pode se espalhar para o fígado. Nos pacientes com câncer colorretal, exames de sangue também servem para conferir o andamento do tratamento, como por exemplo o CEA, um marcador tumoral.

Biópsia: é o exame microscópico de uma amostra de tecido para verificar a presença de células cancerosas.

Ultrassonografia: através de emissão de ecos, ajuda a visualizar as áreas de interesse do organismo.

Tomografia computadorizada: São múltiplas imagens de raios-X, produzidas enquanto a máquina gira em torno do paciente, combinadas por computador, para produzir uma imagem detalhada de uma parte do organismo. Geralmente, depois que as primeiras imagens são feitas, um contraste é injetado no paciente para definir melhor as estruturas do corpo. Em seguida, nova série de tomadas é feita. O exame é mais demorado que o raio-X convencional e o paciente tem de ficar imóvel numa mesa por cerca de meia hora ou mais. Algumas pessoas ficam um pouco aflitas por causa da sensação de confinamento dentro do equipamento. A tomografia fornece informação precisa sobre tamanho, forma e localização do tumor. Ela é utilizada também para localizar tumores secundários (metástases) em outros órgãos.

Colonoscopia virtual: é uma nova forma de utilização da tomografia. Depois que os intestinos são completamente esvaziados, o cólon é cheio com ar, o que causa certo desconforto, e uma tomografia é feita para se visualizar o interior do cólon. Se o médico identificar alguma anomalia será necessário fazer uma colonoscopia posteriormente.

Ressonância nuclear magnética (MRI): A ressonância usa ondas de rádio e ímãs fortes em vez de raios-X. A energia das ondas de rádio é absorvida e depois liberada num padrão dado pelo tipo de tecido do corpo e certas doenças. Um computador analisa os dados e os transforma em imagens detalhadas. O exame dura cerca de uma hora e o paciente fica deitado dentro de um tubo, o que é incômodo para quem sofre de claustrofobia. Além disso, a máquina faz um ruído que irrita algumas pessoas.

Tomografia por emissão de pósitrons (PET): Esse exame usa uma forma radioativa de glicose que é absorvida em grande quantidade pelas células cancerosas e é detectada por uma câmera especial. É muito útil para se verificar se o câncer já se espalhou, mas não se sabe para quais órgãos.

Fatores de Risco e Prevenção

Não se sabe ao certo a causa precisa da maioria dos casos de câncer colorretal, mas conhecemos alguns fatores de risco. Fator de risco é qualquer coisa que aumente a chance de alguém ter determinada doença. No caso do câncer, alguns podem ser evitados pela mudança de hábitos (deixar de fumar, usar filtro solar, ter uma dieta equilibrada) outros não. Entre estes últimos, estão: a idade (o risco de desenvolver câncer aumenta com a idade), sexo e histórico familiar. Vários fatores aumentam o risco de uma pessoa ter câncer colorretal:

Idade: as chances de ter câncer colorretal é maior na faixa dos 50 aos 70 anos.

Ter tido câncer colorretal: mesmo se um câncer foi completamente removido, novos tumores podem aparecer em outras áreas do cólon ou reto.

Ter pólipos: alguns tipos de pólipo aumentam o risco de câncer, especialmente se eles são grandes ou aparecem em grande número.

Histórico de doença intestinal: Portadores de doença de Crohn e colite ulcerativa têm maior risco de ter câncer, porque essas duas doenças produzem inflamações prolongadas do cólon e podem provocar úlceras em seu revestimento. Essas pessoas devem começar a fazer exames preventivos quando jovens.

Histórico familiar de câncer colorretal: pessoas com parentes próximos que tiveram a doença têm maior risco, principalmente se os parentes tiveram a doença antes dos 50 anos. O médico deve orientar essas pessoas sobre a freqüência com que devem fazer exames preventivos.

Síndromes familiais: síndrome é um grupo de sinais e sintomas que pode caracterizar uma doença. Pessoas de algumas famílias podem apresentar centenas de pólipos e, geralmente, o câncer se desenvolve em um ou mais desses pólipos. Nesses casos, é aconselhável procurar um serviço especializado e iniciar os exames preventivos mais cedo.

Grupos étnicos: por exemplo, judeus ashkenazi (de famílias do Leste europeu) têm incidência maior de câncer de cólon.

Alimentação: pesquisas recentes apontam o consumo excessivo de carne vermelha como um dos grandes fatores de risco para o câncer de cólon. E não basta substituí-la por frango: o ideal é acrescentar bastante peixe à dieta. Recomenda-se também uma alimentação pobre em gorduras e rica em fibras: cereais, frutas, legumes e verduras. Deve-se evitar também carnes processadas, como patês, salsichas, mortadelas, presuntos, por exemplo.

Vida sedentária: pessoas que não têm atividade física regular, pelo menos meia hora diária de exercícios, correm maior risco de desenvolver a doença.

Obesidade: pessoas com excesso de peso também correm maior risco de ter câncer colorretal.

Fumo: estudos recentes mostram que os fumantes têm risco entre 30% e 40% maior que os não-fumantes de morrer de câncer colorretal.

Álcool: o uso excessivo de bebidas alcoólicas tem sido associado ao câncer colorretal.

Como evitar a doença

Embora não se conheça exatamente as causas do câncer colorretal, há algumas medidas que podem ser adotadas para reduzir o risco de aparecimento da doença.

Rastreamento: é o uso de testes e exames para diagnosticar uma doença em pessoas que não apresentam sintomas. Nos Estados Unidos, onde é registrada uma das maiores incidências da doença, recomenda-se que, a partir dos 50 anos, as pessoas com risco médio de desenvolver câncer colorretal façam pelo menos um dos seguintes exames (que são detalhados mais abaixo):

– exame de sangue oculto nas fezes uma vez por ano

– sigmoidoscopia flexível a cada 5 anos

– exame de sangue oculto nas fezes mais sigmoidoscopia flexível a cada    5  anos

– enema opaco com duplo contraste a cada 5 anos

– colonoscopia a cada 10 anos

Pessoas com histórico familiar de câncer colorretal devem consultar seus médicos sobre esses testes e outros que podem identificar a doença em seus estágios iniciais.

Dieta e exercícios: a recomendação é de que as pessoas consumam pelo menos 5 porções diárias de vegetais (frutas, legumes e verduras) e reduzam o consumo de gorduras (carnes vermelhas, frituras, etc) Praticar exercícios também é importante: pelo menos 30 minutos por dia, no mínimo 5 dias por semana.

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